CGU ouve Anielle sobre alegações de assédio a pedido do Planalto
- José Neto
- 6 de set. de 2024
- 2 min de leitura
A situação descrita é delicada e envolve uma denúncia de assédio sexual contra Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos. O presidente Lula, ao designar o ministro Vinicius Marques da Controladoria-Geral da União (CGU) para ouvir Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, demonstra a seriedade com que o governo está tratando o caso.
Se Anielle Franco tiver confirmado a existência de queixas contra Almeida, conforme mencionado, isso poderia de fato colocar o cargo do ministro em risco, tornando sua permanência no governo insustentável. A gravidade das acusações e a possível comprovação de tais queixas colocariam o governo em uma posição de ter que agir rapidamente para preservar sua imagem e responder às demandas por justiça e responsabilização.
Essa situação está em desenvolvimento, e o desfecho dependerá das apurações conduzidas pela CGU e da resposta do governo Lula às conclusões.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a situação envolvendo o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, seja esclarecida até o fim desta sexta-feira (6). O caso ganhou destaque após a organização Me Too Brasil emitir uma nota pública confirmando que havia recebido queixas de assédio sexual contra Almeida. As acusações foram inicialmente divulgadas pelo site Metrópoles.
Diante da gravidade da denúncia, Lula escalou o ministro Vinicius Marques, da Controladoria-Geral da União (CGU), para ouvir a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, sobre o caso. Se Anielle confirmar as queixas, a posição de Silvio Almeida no governo poderá se tornar insustentável, conforme relatos de um aliado do presidente com assento no Palácio do Planalto.
Silvio Almeida, por sua vez, nega as acusações e anunciou que vai acionar a Justiça contra a ONG Me Too Brasil. Em uma interpelação judicial, a defesa do ministro fez onze questionamentos à organização, solicitando explicações e exigindo respostas em até 48 horas. O pedido deverá ser protocolado ainda nesta sexta-feira.
Silvio Almeida é exonerado do Ministério dos Direitos Humanos após acusações de assédio sexual
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu nesta quinta-feira (6) o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, após acusações de assédio sexual contra integrantes do governo. De acordo com fontes do Palácio do Planalto, Lula considerou "insustentável" a permanência de Almeida, dada a gravidade das denúncias, que tocam em um dos temas centrais para o governo e seus aliados: a proteção dos direitos das mulheres.
Almeida negou as acusações, classificando-as como "ilações absurdas" e prometeu provar sua inocência. Apesar disso, a exoneração aconteceu apenas 24 horas após a organização Me Too Brasil divulgar publicamente a existência das queixas, pressionando o governo a tomar uma atitude rápida. Segundo informações de bastidores, a decisão de afastá-lo já havia sido tomada antes mesmo do anúncio oficial.
Mais cedo, durante entrevista à Rádio Difusora de Goiânia, Lula comentou o caso, afirmando que "alguém que pratica assédio não pode ficar no governo". O presidente destacou que Almeida tem o direito de se defender, mas reiterou que o governo precisa manter a coerência com seu discurso de proteção às mulheres e aos direitos humanos.
— Acho que não é possível a continuidade no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso de defesa das mulheres e dos direitos humanos com alguém que esteja sendo acusado de assédio — declarou Lula.
Esta é a sexta troca ministerial desde o início do mandato de Lula.
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